Pássaro
Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.
Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.
Cecilia Meireles
Fotografia tirada em Setúbal, de longe achei que era um melro, só quando vi a imagem no computador reparei nos detalhes... não sei se será primo dos melros..mas é sem duvida uma bela ave.
Apr 26, 2009, Câmara: SONY DSLR-A350,ISO: 125,Exposição: 1/320 seg.,Abertura: 5.6,Extensão focal: 200mm,Flash: Não