Flores silvestres
O sol voltou e com ele chegou a primavera com as suas cores fortes
Flores silvestres da serra da Arrábida
Setúbal, Março de 2010
Jorge Soares
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O sol voltou e com ele chegou a primavera com as suas cores fortes
Flores silvestres da serra da Arrábida
Setúbal, Março de 2010
Jorge Soares
A mulher
Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!
Florbela Espanca
Setúbal
Março de 2010
Jorge Soares
Primeiro fim de semana com sol em muito tempo, estava um ventinho frio, mas estava sol.... e a malta aproveitou a praia.... as saudades eram mesmo muitas. Agora é que reparei que estão todos a olhar para o mesmo lado.... o que viam era o Hospital e o farol do Outão... que é o está na ultima imagem... ou isso, ou estava a passar algum barco.
Praia da Figueirinha, Setúbal
Março de 2010
Jorge Soares
No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.
Carlos do Carmo
Setúbal, Março de 2010
Jorge Soares
... estas são do verão passado, este ano já vi uma ou duas, mas para além de não ter a máquina à mão, eram pequeninas.
São lindos os bichinhos
Setúbal, Agosto de 2009
Jorge Soares
Tristeza
Falo-me em versos tristes,
Entrego-me a versos cheios
De névoa e de luar;
E esses meus versos tristes
São ténues, céleres veios
Que esse vago luar
Se deixa pratear.
Sou alma em tristes cantos,
Tão tristes como as águas
Que uma castelã vê
Perderem-se em recantos
Que ela em soslaio, de pé,
No seu castelo de prantos
Perenemente vê...
Assim as minhas mágoas não domo
Cantam-me não sei como
E eu canto-as não sei porquê.
Fernando Pessoa
Jorge Soares
Jorge Soares
As cores da Primavera
Setúbal, Março de 2009
Jorge Soares
Uma Após Uma
Uma após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva 'spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o 'spaço
Do ar entre as nuvens 'scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconseqüente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Ricardo Reis
Praia do Malhão, Vila Nova de Mil Fontes
Junho de 2009
Jorge Soares
Parque infantil do Bonfim numa tarde de Março, sem crianças fica um enorme vazio e os brinquedos tornam-se frios e tristes... pronto, até eu que gosto de chuva, já estou farto deste tempo.... horrivel.
Jardim do Bonfim, Setúbal
Março de 2010
Jorge Soares