O Renascer da natureza
A natureza que renasce numa Primavera suave e colorida
Alviães, Oliveira de Azeméis
Março de 2011
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A natureza que renasce numa Primavera suave e colorida
Alviães, Oliveira de Azeméis
Março de 2011
soneto da mulher inutil
De tanta graça e de leveza tanta
Que quando sobre mim, como a teu jeito
Eu tão de leve sinto-te no peito
Que o meu próprio suspiro te levanta.
Tu, contra quem me esbato liquefeito
Rocha branca! brancura que me espanta
Brancos seios azuis, nívea garganta
Branco pássaro fiel com que me deito.
Mulher inútil, quando nas noturnas
Celebrações, náufrago em teus delírios
Tenho-te toda, branca, envolta em brumas.
São teus seios tão tristes como urnas
São teus braços tão finos como lírios
É teu corpo tão leve como plumas.
Vinícius de Moraes
Carnaval de Estarreja 2011
Março de 2011
Março de 2011
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana
Recordações da Primavera passada
Dente de Leão em Setúbal
Maio de 2010
Jorge Soares
Detalhes da Primavera, flores de pessegueiro no quintal da minha mãe
Março de 2011
Jorge Soares
"Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela."
D. Elhers
Uma borboleta da Primavera passada.
Setúbal
Abril de 2010
Jorge Soares
Camélia no jardim de Serralves... estava à sombra, o dia estava nublado... e sabem uma coisa, eu não me dou bem com estas flores..
Jardins de Serralves, Porto
Março de 2011
Jorge Soares
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente…
Sophia de Mello Breyner
Praia do Meco, Sesimbra,
Novembro de 2010
Jorge Soares
Este ano temos uma Primavera envergonhada, dias cinzentos e chuva, nada que ver com a do ano passado, em que dos meus passeios pela serra no mês de Março já resultavam estas macros.... já curtiamos uns dias de sol não?
Setúbal
Março de 2010
Jorge Soares
No meu prato que mistura de Natureza!
As minhas irmãs as plantas,
As companheiras das fontes, as santas
A quem ninguém reza...
E cortam-as e vêm à nossa mesa
E nos hotéis os hóspedes ruidosos,
Que chegam com correias tendo mantas
Pedem "Salada", descuidosos...,
Sem pensar que exigem à Terra-Mãe
A sua frescura e os seus filhos primeiros,
As primeiras verdes palavras que ela tem,
As primeiras cousas vivas e irisantes
Que Noé viu
Quando as águas desceram e o cimo dos montes
Verde e alagado surgiu
E no ar por onde a pomba apareceu
O arco-íris se esbateu...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XVII"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Uma abelha atarefada numa flor de dente de leão
Setúbal, Fvereiro de 2011
Jorge Soares
Entrada de um navio no estuário do Sado num fim de tarde visto desde o parque Urbano de Albarquel
Setúbal, Janeiro de 2011
Jorge Soares