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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Inda hoje aqui chegou

Inda hoje aqui chegou

 

"Inda hoje aqui chegou"

inda hoje aqui chegou
descalço que nem a tola
eis que só então reparou
que as lágrimas que deitou
são regadas por cebola

mesmo com o pé descalço
e sem se deixar abater 
procurou no seu percalço
sem saber que era falso
consumindo tanto prazer

vede senão que descubro
no calor do desamparo
em casca de verde rubro
abraçado pelo faro
existe aroma raro

disse que vida madrasta
insana e pede esmola
eis senão que só afasta
o rasgado da sacola
do turbilhão, o artola

assim por cá continua
verte a cebola pranto 
desamparada e nua
tola coberta de manto
alagando o seu santo

 

Cristina Monteiro Nunes

 

Évora, março de 2012

Jorge Soares

Nós ossos que aqui estamos ....

Capela dos ossos

 

..... pelos vossos esperamos.

 

Poema sobre a existência

 

Aonde vais, caminhante, acelerado?

Pára…não prossigas mais avante;

Negócio, não tens mais importante,

Do que este, à tua vista apresentado.

Recorda quantos desta vida tem passado,

Reflecte em que terás fim semelhante,

Que para meditar causa é bastante

Terem todos mais nisto parado.

Pondera, que influído d'essa sorte,

Entre negociações do mundo tantas,

Tão pouco consideras na morte;

Porém, se os olhos aqui levantas,

Pára…porque em negócio deste porte,

Quanto mais tu parares, mais adiantas.

 

Poema atribuído ao padre António da Ascensão Teles,

pároco da freguesia de São Pedro (na igreja de São Francisco) entre 1845 e 1848

 

Paga-se um euro pelo direito a tirar fotografias na capela dos ossos, esta foi sem tripé e sem flash, com o ISO a 3600 não havia forma de evitar o grão... mas eu tinha que justificar o euro que paguei e tinha que tirar nem que fosse uma de jeito.... bom, quase conseguia.

 

Capela dos Ossos

Évora, Março de 2012

 

Jorge Soares

Não estou pensando em nada, e que bom!

Pensar

 

Não estou pensando em nada 
E essa coisa central, que é coisa nenhuma, 
É-me agradável como o ar da noite, 
Fresco em contraste com o verão quente do dia, 

Não estou pensando em nada, e que bom! 

Pensar em nada 
É ter a alma própria e inteira. 
Pensar em nada 
É viver intimamente 
O fluxo e o refluxo da vida... 
Não estou pensando em nada. 
E como se me tivesse encostado mal. 
Uma dor nas costas, ou num lado das costas, 
Há um amargo de boca na minha alma: 
É que, no fim de contas, 
Não estou pensando em nada, 
Mas realmente em nada, 
Em nada... 

Álvaro de Campos, in "Poemas" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

 

Évora, Março de 2012

Jorge Soares

Évora: Ruínas Fingidas

Évora, ruínas Fingidas

 

Ruínas Fingidas


Esta construção cenográfica de inspiração romântica conhecida por “Ruínas Fingidas” foi projectada por José Cinatti.


Na sua concepção foram utilizados materiais arquitectónicos provenientes das ruínas de vários monumentos civis e religiosos da cidade.


Foram especialmente utilizados elementos de janelas geminadas de estilo manuelino-mudéjar, talvez por eles traduzirem o imaginário romântico associado à contemplação e nostalgia da época dos Descobrimentos portugueses, e em particular o reinado de D. Manuel I.

As Ruínas Fingidas, integradas numa torre e troço da muralha medieval (séc. XIV) e próximas do Palácio de D. Manuel (séc. XVI), faziam parte integrante da concepção geral do Jardim Público, também ele desenhado por Cinatti como espaço de passeio, deleite e contemplação bucólica, próprio do ideário “progressista” de finais da segunda metade do séc. XIX.

 

Fonte Câmara Municipal de Évora

Évora, Palácio de Don Manuel

Palácio de Don Manuel

 

Palácio D. Manuel


Monumento Nacional datado do século XVI  é provavelmente o remanescente arquitectónico da conhecida Galeria das Damas do Palácio Real a par de S. Francisco


Na galeria (restos do grandioso imóvel quinhentista), trabalharam os Arrudas, Chanterene e Diogo de Torralva e nela subsistem elementos arquitectónicos do hibridismo peculiar do gótico-manuelino-mudejar e da renascença.


No paço - segundo alguns cronistas - Vasco da Gama foi investido pelo Venturoso, em 1497, no posto de comando da esquadra do descobrimento do caminho marítimo para a Índia. Nos seus salões mestre Gil Vicente representou sete dos seus Autos, dedicados às rainhas D. Maria de Castela e D. Catarina de Áustria.

 

Fonte Câmara Municipal de Évora

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Uma vez que a maioria das fotografias foram feitas em locais públicos mas sem autorização dos intervenientes, se por qualquer motivo não desejarem que sejam divulgadas neste blog entrem em contacto comigo e serão retiradas de imediato.

 

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