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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Ouvi o texto muito ao longe

Ouvi o texto muito ao longe

 

Ouvi o texto muito ao longe
era o teu corpo na demanda
não me parecia escrito hoje
mas hoje quis tarefa branda
a de curar a ferida ao sol
no claro-escuro da varanda.

E só depois
para já depois, ao certo
mas fiz ao corpo teu por perto
ouvindo o texto muito ao longe
escrevinhando o sol bate hoje
cartas de amor como o sol manda
vermelho caixa aço pintado
destinatário demasiado
na virtual ida ao deserto.
Escrevi ao corpo teu por perto
na quente pelo como o sol manda
real regresso do deserto
a tua pele muito ao de longe
era o meu texto na demanda
não me parecia escrito hoje.

Ouvi o texto muito ao longe
não me parecia escrito hoje.

Sérgio Godinho

 


 

Lisboa

Janeiro de 2012

Jorge Soares

A Luz de Lisboa

A Luz de Lisboa

 

Quando Lisboa escurece 
E devagar adormece 
Acorda a luz que me guia 
Olho a cidade e parece 
Que é de tarde que amanhece 
Que em Lisboa é sempre dia 

Cidade sobrevivente 
de um futuro sempre ausente 
de um passado agreste e mudo 
Quanto mais te enches de gente 
Mais te tornas transparente 
Mais te redimes de tudo 

Acordas-me adormecendo 
E dos Sonhos que vais tendo 
Faço a minha realidade 
E é de noite que eu acendo 
A luz do dia que aprendo 
Com a tua claridade

Manuela de Freitas

 

Ouvir cantado pelo Camané

 

 
Cais das Colunas, Lisboa
Janeiro de 2012
Jorge Soares

Sei bem

Cais das colunas

 

Sei Bem que Nunca Serei Ninguém

 

Sim, sei bem 
Que nunca serei alguém. 
Sei de sobra 
Que nunca terei uma obra. 
Sei, enfim, 
Que nunca saberei de mim. 
Sim, mas agora, 
Enquanto dura esta hora, 
Este luar, estes ramos, 
Esta paz em que estamos, 
Deixem-me crer 
O que nunca poderei ser. 

Ricardo Reis, in "Odes" 

 

Cais das colunas, Lisboa

Janeior de 2012

Jorge Soares

Escrevi teu nome no vento

Cais das colunas

 

Escrevi teu nome no vento
Convencido que o escrevia
Na folha dum esquecimento
Que no vento se perdia

Ao vê-lo seguir envolto
Na poeira do caminho
Julguei meu coração solto
Dos elos do teu carinho

Em vez de ir longe levá-lo
Longe, onde o tempo o desfaça
Fica contente a gritá-lo
Onde passa e a quem passa

Pobre de mim, não pensava
Que tal e qual como eu
O vento se apaixonava
Por esse nome que é teu

E quando o vento se agita
Agita-se o meu tormento
Quero esquecer-te, acredita
Mas cada vez há mais vento 

 

Ouvir cantado pela carminho

 

 
A luz de Lisboa, o Tejo, barcos, gaivotas, tudo isto só pode ser fado....
Cais das Colunas,
Lisboa, Janeiro de 2012
Jorge Soares

Cais das colunas

Pôr do Sol em Lisboa

 

Também já ali  estive assim, só, a tentar enganar a tristeza da solidão com a quietude do rio e a beleza do pôr do Sol, foram incontáveis as vezes que a caminho do quarto onde costumava morar, me sentei ali a ver o vai vem dos barcos e o voo das gaivotas. É sem dúvida o meu lugar preferido de Lisboa.

 

Já não recordo a última vez que lá estive ou sequer lá passei, hoje fomos lá com os miúdos, havia uma enorme multidão, muitíssimos turistas e até um grupo de música brasileira... mas há coisas que não mudam, o voo as gaivotas, a serenidade do Tejo e pôr do sol magnifico.

 

Cais das Colunas, 

Lisboa, Janeiro de 2012

Jorge Soares

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