Cores
O interior da igreja matriz de mértola mostra claramente a sua origem como mesquita.
Mértola, Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O interior da igreja matriz de mértola mostra claramente a sua origem como mesquita.
Mértola, Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Mértola desde o Castelo com vista para o Guadiana bem crescido
Mértola, Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Castelo de Mértola
Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Mértola, Março de 2013
Jorge Soares
ESTE RÍO LLAMADO GUADIANA
Tu nombre, Guadiana, ¿dónde arraiga?
¿Qué es un río? ¿El agua que discurre?
¿El lecho sinuoso que la encauza?
¿El paisaje que exulta a sus costados
y, arrobado, en su espejo se retrata?
Pasa, incesante, el agua, mansa y verde.
Yo, ensimismado, pienso: Guadiana...
Mas no puedo fijar el bello nombre
al agua fugitiva, que se escapa;
porque el agua lo arrastra, fatalmente,
a la avidez del monstruo que le aguarda.
-Me quedaré perenne junto al río,
diciendo: Guadiana, Guadiana...
Y así llevará el agua, toda ella,
impuesto por mis férvidas palabras
en singular y lírico bautismo,
ese mágico nombre: Guadiana.
Alfonso Ramos. Valverde del Camino
Mértola, Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Mértola, Alentejo
Março de 2013
Jorge Soares
Silêncio
Assim como do fundo da música
brota uma nota
que enquanto vibra cresce e se adelgaça
até que noutra música emudece,
brota do fundo do silêncio
outro silêncio, aguda torre, espada,
e sobe e cresce e nos suspende
e enquanto sobe caem
recordações, esperanças,
as pequenas mentiras e as grandes,
e queremos gritar e na garganta
o grito se desvanece:
desembocamos no silêncio
onde os silêncios emudecem.
Octavio Paz, in "Liberdade sob Palavra"
Tradução de Luis Pignatelli
Interior da igreja da nossa senhora da Assunção
Mértola
Março de 2013
Jorge Soares
Algures entre Alcoutim e Mértola
Março de 2013
Jorge Soares
Tenho às vezes um sonho estranho e penetrante
Com uma desconhecida, que amo e que me ama
E que, de cada vez, nunca é bem a mesma
Nem é bem qualquer outra, e me ama e compreende.
Porque me entende, e o meu coração, transparente
Só pra ela, ah!, deixa de ser um problema
Só pra ela, e os suores da minha testa pálida,
Só ela, quando chora, sabe refrescá-los.
Será morena, loira ou ruiva? — Ainda ignoro.
O seu nome? Recordo que é suave e sonoro
Como esses dos amantes que a vida exilou.
O olhar é semelhante ao olhar das estátuas
E quanto à voz, distante e calma e grave, guarda
Inflexões de outras vozes que o tempo calou.
Paul Verlaine, in "Melancolia"
Tradução de Fernando Pinto do Amaral
Mértola, Março de 2013
Jorge Soares