O Castelo do Queijo
Revisitando o passado em tepo de férias
O Castelo do Queijo
Porto, Julho de 2009
Jorge Soares
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Revisitando o passado em tepo de férias
O Castelo do Queijo
Porto, Julho de 2009
Jorge Soares
“Que dia? Que olhar?”
Cheguei demasiado tarde
e já todos se tinham ido embora
restavam paeis velhos, vidas mortas,
identidade, sujidade, eternidade.
Comeram o meu corpo e
beberam o meu sangue; e, pelo caminho, a minha biblioteca;
e escreveram a minha Obra Completa;
sobro, desapossado, eu.
Resta-me ver televisão,
votar, passear o cão
(a cidadania!). Prosa também podia,
e lentidão, mas algo (talvez o coração) desacertaria.
Pôr-me aos tiros na cara como Chamfort?
Dar em aforista ou ainda pior?
Mudar de cidade? Desabitar-me?
Posmodernizar-me? Experienciar-me?
Com que palavras e sem que palavras?
Os substantivos rareiam, os verbos vagueiam
por salões vazios e incendiados
entregando-se a guionistas e aparentados.
Cheira excessivamente a morte por aqui
como no fim de uma batalha cansada
de feridas antigas, e eu sobrevivi
do lado errado e pela razão errada.
“Que dia? Que olhar?”
(Beckett, “Dias felizes”)
Que feridas? Que estanda-
te? Que alheias cicatrizes?
Estou diante de uma porta (de uma forma)
com o – como dizer? – coração
(um sítio sem lugar, uma situação)
cheio de palavras últimas e discórdia.
Manuel António Pina
Uma fotografia de quando para mim a técnica era olhar para o que queria fotografar e carregar no botão da máquina..
Porto, Junho de 2008
Jorge Soares
28 de Jun de 2008, Câmara: OLYMPUS IMAGING CORP.FE-140,X-725, ISO: 80, Exp.: 1/100 seg.,Abert.: 5.3,Ext.: 15.3mm
Camélia no jardim de Serralves... estava à sombra, o dia estava nublado... e sabem uma coisa, eu não me dou bem com estas flores..
Jardins de Serralves, Porto
Março de 2011
Jorge Soares
Jardim de Serralves
Porto, Março de 2011
Jorge Soares
Jardim de Serralves, Porto
Março de 2011
Jorge Soares
Perspectiva
Olho a sebe dos versos que plantei
Ao longo do caminho dos meus dias:
Tristezas e alegrias,
Enlaçadas
Como irmãs vegetais.
Silvas e alecrim...
O pior e o melhor que havia em mim
Num abraço de arbustos fraternais.
Nada quero mudar dessa harmonia
De argruras e doçuras misturadas.
Pasmo é de ver a estranha maravilha.
Poeta que partilha
O coração magoado
Por presentes e opostas emoções
Comtemplo , deslumbrado,
O renque de vivências do passado,
Longo poema sem contradições.
Miguel Torga
Jardins de Serralves
Porto, Março de 2011
Jorge Soares
Contemplando o mar na Foz do Porto
Agosto de 2010
Jorge Soares
Já passaram dois anos... tenho saudades... muitas... o Porto é uma nação... de amigos.
Porto
Junho de 2008
Jorge Soares
Porto
Junho de 2008
Jorge Soares
“Aquela porta”
O tempo segue, caminhando lento.
Ignorando minha maior verdade
Nessa cruel espera moram as horas
Alheias a dor da imensa saudade
E num turbilhão, as lembranças.
Intensas refletem nos meus versos
Ferem, reavivando os sentidos.
Trazem velhos sonhos já dispersos
Não demora, porque hoje preciso.
Ver a saudade viva no teu olhar
Aninhada, protegida em teu peito.
Quero ouvir outra vez, teu respirar.
Divisando teu olhar, já concluo.
Se tiver o brilho do teu sorriso
Chovendo assim em minha seara
Tenho tudo, e de mais nada preciso.
Quebre as amarras, viole os sentidos.
Reviva o sonho, sem pressa de ir embora.
Quando trancar aquela porta, por favor.
Sem nenhum medo, lance a chave fora.
Glória Salles
Ribeira do Porto, Junho de 2008
Jorge Soares
28 de Jun de 2008 Câmara: OLYMPUS FE-140,X-725, ISO: 80, Exposição: 1/125 seg., Abertura: 3.7, Extensão focal: 8.4mm