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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

... e acorda Portugal

 acorda Portugal...

 

Eu esperei

mas o dia não se fez melhor

e o sujo não se quis limpar,

inventou mais flores em meu redor

como se eu não fosse olhar!

Enfeitou as ruas para cobrir

terra seca de não semear

deram-me água turva a beber

dizem cura e força e solução

como se eu não fosse olhar!

 

Eu esperei

mas o fumo não saiu da estrada

Arde o sonho em troca de nada

Dizem festa, mas é solidão

como se eu não fosse olhar!

A mentira não se fez verdade

e a justiça não se fez mulher

A revolta não se fez vontade

Braços novos sem educação

sangue velho chora de saudade!

 

Eu esperei

dizem luta mas não há destino

dão-me luzes mas não é caminho

dizem corre mas não é batalha

como quem não quer mudar!

Esta corda não nos sai das mãos

esta lama não nos  sai do chão

esta venda não deixa alcançar.

cantam “armas” mas não é amor

mão no peito mas não é amar

fato justo mas sem lealdade

cavaleiro mas já sem moral

braços sujos que se vão esconder

braços fracos não são de lutar

braços baixos não se querem ver

como se eu não fosse olhar!

 

Eu esperei

pelo tempo transparente em nós

pelo fruto puro de escolher

pela força feita de alegria

mas o povo dorme na ilusão!

e a tristeza é forma de sinal

Liberdade pode ser prisão...

Meu Deus, livra-nos do mal

e acorda Portugal...

 

Tiago Bettencourt

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Gosto do Alentejo

Pôr do Sol em Monsaraz

 

Gosto do Alentejo  

 

Gosto menos dos campos felizes,

Exuberantes, sempre vestidos

De verdes macios…

Não recebo deles aquela inquietação

Que os campos mais tristes

Por vezes me dão!

Gosto mais do Alentejo,

Do meu!...

De Moura onde nasci,

A Beja, Santa Victória,

Onde nasceu o meu amor por ele!

Gosto do meu Alentejo – Tragédia!

Imenso, quente e nu!

Gosto da sua terra de barro

Da cor da carne viva!

Gosto de ouvir dizer

Chaparro, tarro, seara,

Almeara, restolho,

Palavras musicais

Fortes, gostosas,

Que o alentejano diz arrastando

 

Como se arrasta a saudade,

E a ansiedade da sua alma

De homem solitário,

Que tem pudor do riso

E orgulho no canto,

- Esse estranho pranto

Dos sonhos que tem sem se aperceber!...

Gosto do meu Alentejo

De Inverno frio, arrepiante,

Onde só um ventinho cante!

Gosto das suas tardes de Verão,

De calma sufocante,

Onde nem pássaros cantem

E só a cigarra cante!

Gosto da terra!

Da terra que se oferece

Ali, à luz do dia!

Dessa terra fecunda,

Como um ventre macio

Que por amor de Deus

 

Concebe o Pão – o nosso Pão,

Em toda a imensidão

Duma nudez sem pecado!

Gosto do meu Alentejo só,

Tragicamente mudo

Sob o olhar azul do céu!

Gosto de ver bailar

O silêncio mais a escuridão

Nas noites sem Luar!

E, de dia…

O que impõe o Alentejo,

O que nele me seduz,

É ver o silêncio

Mais a solidão,

A gerar o pão

Em bebedeiras de luz!...

 

Maria José Travelho Rijo

Primavera de 1955

Retirado de aqui 

 

O Sol do fim de tarde por entre as ruínas do Castelo de Monsaraz

Julho de 2011

Jorge Soares

 

 

Alentejo, Monsaraz : Olha o passarinho

Monsaraz, Alentejo

Monsaraz, Alentejo

Monsaraz, Alentejo

Monsaraz, Alentejo

 

Dei por eles ainda antes de entrar nas muralhas, eles e o fotógrafo, não sei por onde andariam os convidados, sei sim que os fui encontrando aqui e ali pelas ruelas.... andaram por ali de certeza mais de uma hora.... não lhes gabo a paciência, por algo não houve fotógrafo oficial no meu casamento.. mas  invejo o lucro do fotógrafo, centenas de cliks (€). No fim, na ingreme e perigosa escada de metal que levava ao cimo da muralha, já dava pena a expressão da pobre noiva... mas dizem que quem corre por gosto não cansa....

 

Eu detesto fotos de casamento, não seria capaz de fazer o trabalho ali do senhor... mas adoro apanhar estas cenas, pessoas que fazem pose para outros fotógrafos, estes a fazerem o seu trabalho.... gosto, pronto.

 

Fim de tarde em Monsaraz, Alentejo

Julho de 2011

Jorge Soares

 

Surdo, subterrâneo rio de palavras

Fragas de São Simão

Surdo, Subterrâneo Rio

Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.

Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
--- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?

Eugénio de Andrade

 

Fragas de São Simão

Figueiró dos vinhos

Junho de 2011

Jorge Soares

Reguengos de Monsaraz, Igreja de Santo António

Reguengos de Monsaraz

Reguengos de Monsaraz

Reguengos de monsaraz

Igreja de Santo António, Reguengos de Monsaraz

 

O exterior é marcado por grandes arcobotantes e pela torre sineira, o que a torna num dos melhores exemplos de igrejas neogóticas em Portugal.

 

Esta igreja teve as suas raízes históricas no ano de 1887, com a determinação da Junta da Paróquia de Reguengos de edificar um templo em terrenos dos Novos Paços do Concelho.

 

Dedicada a Sto António, foi encomendado o projecto ao Arquitecto António José Dias da Silva (autor da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa) resultando o edifício com características do espírito romântico da época gótico-manuelina.

 

Igreja de Santo António, Reguengos de Monsaraz

 

Fonte CM de Reguengos de Monsaraz

Julho de 2011

Jorge Soares

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