Gaivotas ao fim da tarde
Fim de tarde no Algar Seco, as gaivotas aproveitam os ultimos raios de sol de um fim de dia primaveril
Algar Seco, Carvoeiro, Lagoa, Algarve
Abril de 2009
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Fim de tarde no Algar Seco, as gaivotas aproveitam os ultimos raios de sol de um fim de dia primaveril
Algar Seco, Carvoeiro, Lagoa, Algarve
Abril de 2009
URGENTEMENTE
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.
É urgente inventar a alegria,
Multiplicar as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
Eugénio de Andrade, Antologia Breve
Moinho das marés das Mouriscas, Setúbal,
Março de 2008
Câmara: OLYMPUS IMAGING CORP.FE-140,X-725, ISO: 80, Exposição: 1/800 seg.,Abertura: 4.6, Extensão focal: 6.3mm
Flores de Maio no Jardim do Quebedo, em Setúbal
Maio de 2009
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro
Jun 13, 2009, Câmara: SONY DSLR-A350, ISO: 100, Exposição: 1/1250 seg.Abertura: 5.6, Extensão focal: 200mm
Praia do Malhão, Vila Nova de Milfontes, Odemira
Junho de 2009
Primeiro chegou ele... bom, acha que era um ele..., poisou na praia bem abaixo da falésia, ali num espaço de areia que ainda não tinha sido invadido pelas toalhas, mal fechou as asas iniciaram os gritos de chamamento, andou por ali um minuto ou dois sempre a gritar, até que chegou ela... imagino que seria uma ela.... que isto do sexo das gaivotas é para entendidos, depois de mais alguns gritos em conjunto, andaram por ali, os dois lado a lado, até que uma criança mais curiosa os espantou e levantaram voo lado a lado, até uma reentrancia nas falésias... longe de olhares curiosos e crianças atrevidas.
Gaivotas na areia
Carvoeiro, Lagoa, Algarve
Abril de 2009
Incentivado pelo fotógrafo membro do Olhares José Luis Albuquerque, está previsto para o dia 4 de Julho de 2009, um encontro com o objectivo de ver reunidos 500 fotógrafos, para fotografarem juntos o pôr-do-sol no pontão de Alcochete.
O ponto de encontro será no Freeport Alcochete, às 12h.
No Freeport decorrerão diversas actividades durante a tarde, com o propósito de dinamizar ainda mais o evento. A nossa equipa levará até ao local o Retrato de Família e o Fotogame.
Horário
12:00 - Recepção e Briefing
13:30-16:00 - Almoço livre no Freeport
15:00-18:00 - Retrato Família
16:00-18:00 - Fotogame
19:30 - Transporte gratuito para o Centro de Alcochete
21:00 - 500 fotógrafos no pontão de Alcochete
A participação em todo o evento é gratuita e está aberta a todos os fotógrafos e respectivos acompanhantes.
No dia 4 de Julho venha conhecer a vila de Alcochete e goze de um dia cheio de emoções e criatividade!
Prémios Fotogame
As 3 equipas mais pontuadas no Fotogame receberão prémios Sony
A Ponte Vasco da Gama e o Tejo
Lisboa, Março de 2009
As flores das falésias do Algarve
Carvoeiro, Lagoa, Algarve
Abril de 2009
Insónia rôxa. A luz a virgular-se em mêdo,
Luz morta de luar, mais Alma do que a lua...
Ela dança, ela range. A carne, alcool de nua,
Alastra-se pra mim num espasmo de segrêdo...
Tudo é capricho ao seu redór, em sombras fátuas...
O arôma endoideceu, upou-se em côr, quebrou...
Tenho frio... Alabastro!... A minh'Alma parou...
E o seu corpo resvala a projectar estátuas...
Ela chama-me em Iris. Nimba-se a perder-me,
Golfa-me os seios nus, ecôa-me em quebranto...
Timbres, elmos, punhais... A doida quer morrer-me:
Mordoura-se a chorar--ha sexos no seu pranto...
Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me
Na bôca imperial que humanisou um Santo...
Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'
Eu pus um sonho a voar
Nas asas duma gaivota...
Um sonho de liberdade
De paz, amor e carinho;
Num impulso sobre o mar
Ela tomou sua rota
Cheia de força e vontade
De vencer todo o caminho.
Esperei dias, esperei noites
Pelos ventos de mudança...
Mas chegou-me um vento frio
Gélido todos os dias;
Ondas do mar em açoites
Rodopiam numa dança
Batendo no cais vazio
Em alvoradas sombrias.
Talvez a minha gaivota
Tivesse perdido o rumo...
Quem sabe se o sonho voa
Pelas terras de ninguém...
Ou ao lembrar-me em risota
Tenha perdido o aprumo,
Não achando ideia boa
Levar um sonho de alguém.
Talvez tenha sucumbido
Caindo nalguma vaga,
Sem cumprir essa missão
Que eu com afecto pedira;
Talvez não vendo o sentido
Ou achando não ser maga
Largasse o sonho-ilusão
Como mais uma mentira.
Vou ao cais de vez em quando
Como quem inda acredita,
Mas perdendo quase a esperança
De alguma coisa mudar...
De gaivotas vejo um bando,
Vou escolher a mais bonita!
A ver se leva e não cansa,
Este meu sonho a voar.
Joaquim Sustelo
Gaivota sobre a praia.
Carvoeiro, Lagoa Algarve,
Abril de 2009
Apr 9, 2009, Câmara: SONY DSLR-A350,ISO: 100, Exposição: 1/400 seg.,Abertura: 9.0, Extensão focal: 200mm