O Crepúsculo
Impressões do crepúsculo
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Impressões do crepúsculo
Casa do artesão, Luso
Dezembro de 2009
Jorge Soares
"Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que ha para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma."
Alberto Caeiro
Estrada para as Sete Cidades
São Miguel, Açores
Agosto de 2008
Jorge Soares
Era um dia muito frio no Luso, dia nublado e um vento norte que parecia que cortava, mal nos acercamos ao lago eles vieram em grande velocidade..... belos bichinhos brancos e bonitos.
Gansos no Lago do Jardim do Luso
Dezembro de 2009
Jorge Soares
Casa das Quatro Cabeças é o nome pelo qual é conhecida uma casa situada no bairro de Troino, em Setúbal, na esquina da Rua Fran Paxeco n.º 44 com a Travessa do Carmo n.º 29.
A porta principal
Na porta principal, a da Rua Fran Paxeco, o lintel tem uma inscrição em latim (Si Deus pro nobis, quis contra nos) e, a meio, um busto, que se afirma representar D. João II.
A frase que se encontra no lintel é uma citação parcial do versículo 31 do capítulo 8 da Epístola de S. Paulo aos Romanos: "Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?".
O cunhal
No cunhal da casa, um novo busto, que se afirma igualmente representar D. João II. Rodeando este estão dois pequenos bustos que são identificados como representando os conspiradores que tentaram assassinar D. João II no dia da procissão do Corpo de Deus.
Fonte Wikipédia
Setúbal, Janeiro de 2010
Jorge Soares
Luso, Dezembro de 2009
Jorge Soares
Nada que sou me interessa
NADA QUE SOU me interessa.
Se existe em meu coração
Qualquer que tem pressa
Terá pressa em vão.
Nada que sou me pertence.
Se existo em que me conheço
Qualquer cousa que me vence
Depressa a esqueço.
Nada que sou eu serei.
Sonho, e só existe em meu ser,
Um sonho do que terei.
Só que o não hei de ter.
Fernando Pessoa
Lisboa, Novembro de 2009
Jorge Soares
22 de Nov de 2008, Câmara: SONY DSLR-A350, ISO: 400, Exposição: 1/80 seg., Abertura: 5.6, Extensão focal: 50mm, Flash: Sim
... de que me lembro.
Tinha uma boa serie com uma borboleta nas flores onde está o moscardo... mas foi levada pela desgraça que levou as 12000 fotografias que tirei no ultimo ano e meio.... paciência, haverá mais borboletas.
No ultimo dia de sol de que me consigo lembrar, algures a meio de Dezembro de 2009 em Setúbal
Jorge Soares
Tenho amigos que não sabem o
quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes
devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais
nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela
se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria
se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências ….
A alguns deles não procuro, basta-me
saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir
em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com
assiduidade, não posso lhes dizer o
quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta
que os adoro, embora não declare e
não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem
noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis
ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte
do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.
Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de
lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer …
Se alguma coisa me consome
e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
(Vinícius de Moraes)
Cisnes no Jardim do Bonfim, Setúbal
Dezembro de 2009
Coimbra no inverno, a universidade
Dezembro de 2009
Jorge Soares