Setúbal, Largo José Afonso
Largo José Afonso
Setúbal
Abril de 2011
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Largo José Afonso
Setúbal
Abril de 2011
Borboletas apanhadas nos campos do sopé da Arrábida
Setúbal, 2010
Jorge Soares
Si me quitaran totalmente todo
si, por ejemplo, me quitaran el saludo
de los pájaros, o los buenos días
del sol sobre la tierra,
me quedaría
aún
una palabra. Aún me quedaría una palabra
donde apoyar la voz.
Si me quitaran las palabras,
o la lengua,
hablaría con el corazón
en la mano,
o con las manos en el corazón.
Si me quitaran una pierna
bailaría en un pie.
Si me quitaran un ojo
lloraría en un ojo.
Si me quitaran un brazo
me quedaría el otro,
para saludar a mis hermanos,
para sembrar los surcos de la tierra,
para escribir todas las playas del mundo, con tu nombre, amor mío.
Alejandro Romualdo
As pequenas e coloridas flores
Parque Urbano de Alnbarquel, Setúbal
Abril de 2011
Jorge Soares
Botes em Terra
Docapesca, Setúbal
Abril de 2011
Jorge Soares
Choro em becos sem saída
Pesa-me sobre meus ombros o que a vida me reservou
Ando por becos sem saída dor dolorida um choro um sentir
Entre goles de tristezas torno-me um embriagado vagante
Reservaram-me duas alegrias suas crias depois para sempre se apagou
As amarras da vida me prendem a becos onde não vejo a luz
Ergo meus verdes olhos para o céu não vejo o seu azul
Mas eu bem sei que lá tem alguém que nunca me desamparou
E nele que deposito minha fé seu reflexo em mim sempre reluz
Algures na baixa de Setúbal, vou lá voltar.. porque não há desculpa para eu não saber como se chama o arco e o beco.
Setúbal, Abril de 2011
Jorge Soares
São dezenas de botes, dão um colorido diferente à doca, sempre os vi ali, botes a remos que imagino servirão para a pesca no estuário do Sado... mas que nunca vi fora da doca... vai d eaí... eu e os pescadores andamos com as horas trocadas.
Docapesca de Setúbal, Abril de 2011
Jorge Soares
Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa
Zeca Afonso
Bote na Docapesca, Setúbal
Abril de 2011
Jorge Soares
quando Abril chega mais perto
cansa o viver de joelhos
neste tempo sempre incerto
de secar cravos vermelhos
no presente enclausurado
sem golpe de asa que o fira
vive um povo amortalhado
nos pântanos da mentira
na tristeza triste infinda
do país onde me perco
quantos se lembram ainda
da flor nascida no esterco?
a nossa raiz de esperança
que em tempos de solidão
na noite mais triste lança
a sua voz que diz NÃO!
não ao inglório viver
não ao pasmo não à fome
não a um futuro sem ser
não a um povo sem nome
triste foi Pedro soldado
sem barcos e já sem guerra
desfeito o nome bordado
mas dando o seu nome à terra
terra de uma flor ridente
das portas que Abril abriu
soldado poeta gente
flor de mãos que aí floriu
erguida por mãos libertas
noutro sonho noutro dia
tantas novas descobertas
de outra cor de outra harmonia
e lá vem sempre outro Abril
um combate outra vontade
outra cor no céu de anil
que anuncia a liberdade
por Abril por mim por ti
Abril maior mundo afora
e ser português aqui
por ser português agora!
Jorge Castro
Fim de tarde no Rio Sado, vistas desde a praia de Albaruquel.
Setúbal, Abril de 2011
Jorge Soares