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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Tudo o que vires é teu

Tudo o que vires é teu

 

"Abre a janela, e olha!
Tudo o que vires é teu.
A seiva que lutou em cada folha,
E a fé que teve medo e se perdeu.
Abre a janela, e colhe!
É o que quiser a tua mão atenta:
Água barrenta,
Água que molhe,
Água que mate a sede...
Abre a janela, quanto mais não seja
Para que haja um sorriso na parede!"

 

Miguel Torga

 

Portela do Homem, Parque natural da Peneda Gerês

Novembro de 2010

Jorge Soares

 

30 de Out de 2010, Câmara: SONY DSLR-A350,ISO: 400, Exp.: 1/60 seg.Abert.: 5.0 Ext.: 30mm, Flash: Sim

Ao longe o mar

Ao longe o mar

 

Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Já não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-me
Ali ficar

 

Madredeus 

 

Praia de São Torpes, Sines, Alentejo

Abril de 2011

Jorge Soares

 

24 de Abr de 2011, Câmara: SONY DSLR-A350, ISO: 100, Exp: 1/250 seg. Abert,: 13.0 Ext.: 85mm

 

 

Arte de viver

Arte de viver

 

Saber viver é uma arte.

“Arte de viver”

Com deuses dou-me bem
Não convém hostilizá-los
E com demónios também
Nunca foi bom ignorá-los

Usando esta minha política
Os lucros foram estupendos
E com esta relação prática
Tenho extraído dividendos

Somos mestres da influência
Saber viver não é uma ciência
Até ao céu subimos de balão

Para aos anjos limpar as asas
Pr’a manter quentes as brasas
Ao inferno fornecemos carvão.

 

Anónimo

 

Há alguém que me deixa estes poemas no O que é o jantar, todos os dias, às vezes mais que um, raramente tem a ver com o tema do post, muitas vezes tem a ver com algo que ocorreu no país durante o dia, ou com a crise, o FMI, os partidos. Comecei por achar estranho, por me irritar, depois decidi simplesmente aceitar, admiro a capacidade desta pessoa de criar versos, talvez porque já houve uma época na minha vida em que tinha essa facilidade, ... há habilidades que não devíamos perder....

 

Gostei deste poema, de uma forma ou outra todos temos uma "arte de viver".... de uma forma ou outra todos nos deixamos levar por ela, pode-nos levar ao céu ou ao inferno... muitas vezes o céu de uns será o inferno de outros... a vida não é feita de linhas rectas nem de lugares comuns... e cada um traça os seus objectivos e escreve o seu destino ....  há quem viva e quem simplesmente se deixe levar.....

 

Imagino que cada um de nós escolheria uma imagem diferente para ilustrar estes versos, curiosamente o primeiro que pensei foi em algo com cores quentes... algo como o Inferno do Gerês.. no caminho parei nesta imagem de uma cascata com efeito de névoas.... as névoas da vida.

 

Gerês, Novembro de 2011

Jorge Soares

 

Estrela da tarde

Estrela da tarde

 

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.

 

Ary Dos Santos

 

Praia de São Torpes, Sines, Alentejo

Abril de 2011

Jorge Soares

O Chaparro de ferro

A árvore, escultura em Odemira

 

Escultura "A Árvore": Peça da autoria de Aureliano Aguiar, feita a partir de objectos de ferro usados no século XX. Inaugurada em Abril de 2000, a "Árvore" situa-se na Rotunda do Lagar, na vila de Odemira. 

 

à Saída de Odemira no centro de uma rotunda engalanada para as celebrações do 25 de Abril está este estranho chaparro feito de muitas peças de metal... o Alentejo reciclado.

 

Odemira, Abril de 2011

Jorge Soares

O fadinho mora sempre por castigo ....

Num bairro antigo.. num Bairro antigo

 

Passeia p'lo mundo inteiro
Por gostar da vida boa
Mas não mora no estrangeiro
O fado mora em Lisboa.

Já morou na Mouraria,
Mas depois num sobressalto
Tratou da mudança, e um dia
Foi p'ró Bairro Alto.

 

O fadinho mora sempre por castigo
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Fado Popular
(Obrigado Rosinda)
Lisboa, Março de 2009
Jorge Soares

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