O Pintassilgo 2
Ainda o Pintassilgo do Zmar
Zambujeira do mar, Odemira, Alentejo
Abril de 2011
Jorge Soares
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Ainda o Pintassilgo do Zmar
Zambujeira do mar, Odemira, Alentejo
Abril de 2011
Jorge Soares
Meus vizinhos
Moro em um lugar muito bonito
Meu vizinho da esquerda é a felicidade
O da direita se chama amor
Em frente mora a alegria
Não muito longe esta a paz
Esta não sai da minha casa
Eu gosto muito dela, ela me ama
Ontem ela me disse me sinto bem com você
O vizinho do fundo da outra rua
É a tristeza, quase não a vejo
Se ela quer falar comigo
A felicidade morre de ciúmes
A solidão mora um pouco mais longe
Já esteve rondando minha casa
Queria me conhecer, e ficar comigo
Não me encontrou,eu estava na casa da amizade
Ao lado do amor, mora o ódio
Este eu nunca vi, só ouço falar
O amor plantou uma árvore enorme
A beleza dela com suas copas
Impede-me de ver o ódio e sua casa
Meus amigos que vem em minha casa (minha vida)
Eu chamo estes meus vizinhos eles vem logo
Mas eu já digo o ódio e a tristeza não entram
Quero o amor na vida de vocês, felicidade
Paz, alegria, por favor, me queira em suas vidas
Gosto de vaguear pelas ruas de Setúbal ao fim da tarde, a baixa e os bairros que a rodeiam são cheioas de pequenas ruas, becos, cantos e recantos onde ainda podemos ver vidas de outros tempos.
Setúbal, Abril de 2011
Jorge Soares
O rio e os seus Barcos desde o Parque Urbano de Albarquel num dia cinzento.
Parque Urbano de Albarquel, Setúbal
Abril de 2011
Jorge Soares
Sou um pouco de todos que conheci,
um pouco dos lugares que fui,
um pouco das saudades que dexei,
sou muito das coisas que gostei.
Entre umas e outras errei,
entre muitas e outras conquistei
Ramon Hasman
O tempo e a natureza vão pouco a pouco conquistando o que construimos, as heras vão tomando conta dos muros da velha casa, em nós ficam as marcas de quem por nós passou.
Alviães, Oliveira de Azemeis
Março de 2011
Jorge Soares
No parque de campismo há uma área ao lado das piscinas que separa dois edifícios, nesta área foi plantado Bambu, logo no primeiro dia as cores fortes chamaram a minha atenção, andava com a máquina na mochila, e nem reparei no modo em que esta estava, puxei dela e comecei a disparar.. estava em Manual.. e por uma enorme coincidência, com abertura e velocidade certas para a luz que havia.... Foi mesmo muita sorte, porque nos dias seguintes choveu desalmadamente e raramente os voltei a ver.
Pintassilgo no Zmar
Odemira, Alentejo
Abril de 2011
Na Minha Rua
Na minha rua há restos de vidas
Restos de famílias
De mães desaparecidas
E outras há que deram vida às vidas que por ali param
Vindas de passagem e de passagem lá ficaram
Na minha rua há restos de cartazes
Restos de eleições
Do 'SIM' ao aborto e outras frases
Que eu não votei mas fiz pressão para que outro alguém votasse
Minha consciência pssa a vida num impasse
Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há restos de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar
Na minha rua há restos de namoros
De beijos e abraços
De zangas e desaforos
E eu não tive ninguém que se digna-se a odiar-me
No meu mau feitio de preguiça, humor e charme
Na minha rua há restos de noites
Restos de garrafas, bebedeiras e açoites
Gemidos deifarçados pela fúria dos turistas
Á porta de boites tão baratas como ariscas
Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar
Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar
É tão bom saber que há vida assim
Faz tão bem ter histórias para contar
Eu quero ir poder então fugir
É bom para mim
É bom para quem tão bem me quer
Num fim de tarde, algures em Alviães, Oliveira de Azemeis
Março de 2011
Jorge Soares
As pequenas margaridas
Setúbal
Abrild e 2011
Jorge Soares