Detalhes da Primavera: As cores das flores silvestres
Passeio pedestre do Casal de São Simão, Castanheira de Pêra
Junho de 2011
Jorge Soares
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Passeio pedestre do Casal de São Simão, Castanheira de Pêra
Junho de 2011
Jorge Soares
ÀS PEDRAS - EU RENUNCIO.
Sim, assombram-me
Pedras que escolhi
Muitas que colhi
E outras que guardei…
Sim, assombram-me
As que me pareciam frágeis...
As que se faziam delicadas…
Porque a todas, abriguei!
Sim, renuncio
À ganância, à arrogância
De se sentirem valiosas
Ou quiçá, preciosas?!...
Sim, renuncio
Pois das pedras que acolhi
Poucas são, as que reconheci
Como sendo essenciais.
E porque me estão a assombrar
Acabei de as renunciar
Querendo vê-las deslizar
Da palma da minha mão.
Se não se deixam polir
Se não as posso amaciar
Se servem só para amolar...
Fiquem pedras eternamente.
No empedrado da rua
Pisadas e repisadas
Amassadas com alcatrão
Se for essa a sua condição.
Terminando assim de uma vez
Com a minha assombração
Porque eu – renuncio!
Um enorme beijinho Flor.... as pedras são inertes, não sentem, vão e vem ao sabor da corrente ou das mãos que lhes pegam... vão para onde as largam... nós somos seres autónomos, é suposto mover-nos por nós e para nós.... há sempre um caminho... mesmo que na encruzilhada se escolha a direita quando era a esquerda.. há sempre a hipótese de voltar atrás..e seguir o atalho certo.
Mais uma das imagens do inverno... quando as nossas praias estão cheias de tesouros.
Praia do Creiro,
Setúbal, 1 de Janeiro de 2011
Jorge Soares
Poço Corga, Castanheira de Pêra
Junho de 2011
Jorge Soares
Ouçam
Ouçam
E o vento mudou
Ela não voltou
As aves partiram
As folhas caíram
Ela quis viver
E o mundo correr
Prometeu voltar
Se o vento mudar
E o vento mudou
E ela não voltou
Sei que ela mentiu
P'ra sempre fugiu
Vento por favor
Traz-me o seu amor
Vê que eu vou morrer
Sem não mais a ter
Nuvens tenham dó
Que eu estou tão só
Batam-lhe à janela
Chorem sobre ela
E as nuvens choraram
E quando voltaram
Soube que mentira
P'ra sempre fugira
Nuvens por favor
Cubram minha dor
Já que eu vou morrer
Sem não mais a ter
Ouçam Ouçam ouçam Ouçam ouçam
Ouvir aqui
Algures no inverno na praia em Troia, quando o mar e o vento deixam a areia cheia de tesouros.....
Setúbal, Novembro de 2008
Jorge Soares
Anoitecer nos recantos de Setúbal.
Todas as fotografias foram tiradas com a máquina na mão... na primeira e na penúltima o Wite Balance está regulado para tungsténio.
Maio de 2011
Aqui onde se espera
- Sossego, só sossego -
Isso que outrora era,
Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'
Íamos pela estrada, eu vi-a chegar e pousar ali no tronco a uns 2 metros de mim, precisamente onde a luz do sol incidia perfeita entre as sombras. Com muito cuidado tirei a máquina da mochila, troquei a lente e dispunha-me a tirar mais uma boa série de fotografias .... não reparei que atrás de mim vinha um dos miúdos que com toda a estrada só para ele, decidiu passar, indiferente a mim, à máquina e à borboleta, precisamente pelo espaço que me separava do tronco... vi que se aproximava e não consegui falar, qualquer movimento brusco para o deter faria com que ela voasse ... ele passou, a borboleta voou ... e eu fiquei a olhar para o tronco vazio.
Não consegui descobrir o nome do bichinho
Poço Corga, Castanheira de Pêra
Junho de 2011
É assim o fim de tarde de um dia de Primavera qualquer no Jardim do Bonfim, há sempre vida, muita vida.
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares
“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Carlos Drummond de Andrade
Eu gosto de Pessoas.
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares
Eu gosto de pessoas
Fim de tarde no Jardim de Bonfim
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares
A Praia do Creiro e o Portinho da Arrábida
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares