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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

A pálida Luz da Manhã de Inverno

Inverno

 

A pálida Luz da Manhã de Inverno 

 

A pálida luz da manhã de inverno, 
O cais e a razão 
Não dão mais 'sperança, nem menos 'sperança sequer, 
Ao meu coração. 
O que tem que ser 
Será, quer eu queira que seja ou que não. 

No rumor do cais, no bulício do rio 
Na rua a acordar 
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer, 
Para o meu 'sperar. 
O que tem que não ser 
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar. 

 

Fernando Pessoa 

Poesias inéditas

 

Chegou o inverno

O Sado e o céu em Setúbal

Jorge Soares

Adeus ao Outono

Adeus ao Outono

 

Adeus

 

É um adeus ... 
Não vale a pena sofismar a hora! 
É tarde nos meus olhos e nos teus ... 
Agora, 
O remédio é partir discretamente, 
Sem palavras, 
Sem lágrimas, 
Sem gestos. 
De que servem lamentos e protestos 
Contra o destino? 
Cego assassino 
A que nenhum poder 
Limita a crueldade, 
Só o pode vencer a humanidade 
Da nossa lucidez desencantada. 
Antes da iniquidade Consumada, 
Um poema de líquido pudor, 
Um sorriso de amor, 
E mais nada

 

Miguel Torga

 

Uma solitária folha de cerejeira que resistiu mesmo até aos últimos dias do Outono.

Portalegre

Dezembro de 2011

Jorge Soares

A última pétala das rosas do Outono

Pétalas de inverno

 

Pétala Dobrada para Trás da Rosa 


 

 

Pétala dobrada para trás da rosa que outros dizem de veludo. 
Apanho-te do chão e, de perto, contemplo-te de longe. 

Não há rosas no meu quintal: que vento te trouxe? 
Mas chego de longe de repente. Estive doente um momento. 
Nenhum vento te trouxe agora. 
Agora estás aqui. 
O que foste não és tu, se não toda a rosa estava aqui. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

 

 

A última pétala de uma rosa do Outono

Setúbal

Dezembro de 2011

Jorge Soares

Natal Home made

Natal Homemade

 

O Natal é quando a malta quiser... o nosso começou no Sábado passado... um natal à maneira, com convivio em família, comida, bebída, doces natalicios e crianças felizes...e adaptado aos tempos correntes, com (quase) todas as prendas feitas em casa... até as muito natalícias e perfeitas bolas foram feitas à mão... (eu prometo que para a próxima as viro para mim)

 

Bom natal para todos os visitantes deste meu espaço, que 2012 seja.... o melhor possível e por favor, sejam felizes.

 

Portalegre

Dezembro de 2011

Jorge Soares

Setúbal mais bonita: Alma de Pássaro

Alma de pássaro, Setúbal mais bonita

 

Quero ter alma e asas de pássaro
um coração de leão maior que o mundo,
quebrar a gaiola, deixar de ser Quasimudo,
alimentar os sonhos, semear a vida,
resgatar a esperança perdida
no limbo da minha eterna covardia,
fazer o ninho no aconchego do teu corpo.

 

Miguel 

 

Nas paredes de um velho edíficio da Avenida 5 de Outubro em Setúbal ... na realidade não sei se faz parte do programa Setúbal mais bonita... mas é um trabalho cheio de arte.

 

Setúbal, Dezembro de 2011

Jorge Soares

Dias de Outono

Dias de Outono

 

No Ciclo Eterno

No ciclo eterno das mudáveis coisas 
Novo inverno após novo outono volve 
À diferente terra 
Com a mesma maneira. 
Porém a mim nem me acha diferente 
Nem diferente deixa-me, fechado 
Na clausura maligna 
Da índole indecisa. 
Presa da pálida fatalidade 
De não mudar-me, me infiel renovo 
Aos propósitos mudos 
Morituros e infindos.

 

 

Ricardo Reis 

 

 

Fim de uma tarde de Outono na Serra da Arrábida

Setúbal, Novembro de 2011

Jorge Soares

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