Gosto da praia no Inverno
Praia do Meco numa tarde de Janeiro
Sesimbra, Janeiro de 2012
Jorge Soares
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Praia do Meco numa tarde de Janeiro
Sesimbra, Janeiro de 2012
Jorge Soares
Escrevi teu nome no vento
Convencido que o escrevia
Na folha dum esquecimento
Que no vento se perdia
Ao vê-lo seguir envolto
Na poeira do caminho
Julguei meu coração solto
Dos elos do teu carinho
Em vez de ir longe levá-lo
Longe, onde o tempo o desfaça
Fica contente a gritá-lo
Onde passa e a quem passa
Pobre de mim, não pensava
Que tal e qual como eu
O vento se apaixonava
Por esse nome que é teu
E quando o vento se agita
Agita-se o meu tormento
Quero esquecer-te, acredita
Mas cada vez há mais vento
Ouvir cantado pela carminho
Parque Urbano de Albarquel
Setúbal, janeiro de 2012
Jorge Soares
Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês
Correr e saltar num dia
depois não dormir tranquilo
pensar que o amor é isto
e descobrir que afinal é aquilo
Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor
Um destes dias vou ser capaz
de encontrar a felicidade
avançar em marcha atrás
ir de verdade em verdade
Dizer que o amor é aquilo
que ontem estava descoberto
e ver que no fim duma paixão
espreita sempre um deserto
Já não há canções de amor
por não haver quem acredite
já não há canções de amor
por não haver quem acredite
E vós almas tão ingénuas
cujo amor não tem saída
que buscais nas tolas canções
o açúcar que adoça a vida
Não percebeis que é o engano
que prova que há uma chance
acertar à primeira não é humano
é a essência do romance
Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há conções de amor
vou investigar o caso
com o máximo rigor
tirar a limpo a verdade
que há nas canções de amor
vou saber se ainda é possível
escrever canções de amor
Rui Veloso
Ouvir:
Setúbal, Janeiro de 2011
Jorge Soares
Setúbal
Janeiro de 2012
Jorge Soares
Também já ali estive assim, só, a tentar enganar a tristeza da solidão com a quietude do rio e a beleza do pôr do Sol, foram incontáveis as vezes que a caminho do quarto onde costumava morar, me sentei ali a ver o vai vem dos barcos e o voo das gaivotas. É sem dúvida o meu lugar preferido de Lisboa.
Já não recordo a última vez que lá estive ou sequer lá passei, hoje fomos lá com os miúdos, havia uma enorme multidão, muitíssimos turistas e até um grupo de música brasileira... mas há coisas que não mudam, o voo as gaivotas, a serenidade do Tejo e pôr do sol magnifico.
Cais das Colunas,
Lisboa, Janeiro de 2012
Jorge Soares
Soldados de Terracota
Quinta do lóridos
Bombarral, Setembro de 2011
Jorge Soares
Janela da alma que
reflecte os cacos
da vida estilhaçada que temos.
O vidro partido
cortou a garganta num grito inaudível
quando te quis revelar
o que não desejaste ouvir.
Sangue escorreu do golpe
que na minha pele fizeste incidir
depois de quebrares
o frágil equilíbrio do esplendor
que foi por essa janela te descobrir.
Tanto tempo volvido
e ao observar-te agora
neste indiferente lugar
reparo que já não somos iguais!
O nosso fulgor se esbateu
e o amor se perdeu.
Eu tenho as cicatrizes
dos golpes que
no meu espírito habitam,
mas tu tens a derrota
da lenta destruição
em que te encontras agora.
Permanece a certeza
por essa janela
não me voltarei a deslumbrar,
mesmo que a vida se lembre
de se deter
para nos contemplar!…
Cristina Monteiro
Jardins de Monserrate
Sintra, Novembro de 2011
Jorge Soares
Quinta dos Lóridos,
Bombarral, setembro de 2011
Jorge Soares
Pavão no Parque Marechal carmona
Cascais, Outubro de 2011
Jorge Soares