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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Escrevi teu nome no vento

Cais das colunas

 

Escrevi teu nome no vento
Convencido que o escrevia
Na folha dum esquecimento
Que no vento se perdia

Ao vê-lo seguir envolto
Na poeira do caminho
Julguei meu coração solto
Dos elos do teu carinho

Em vez de ir longe levá-lo
Longe, onde o tempo o desfaça
Fica contente a gritá-lo
Onde passa e a quem passa

Pobre de mim, não pensava
Que tal e qual como eu
O vento se apaixonava
Por esse nome que é teu

E quando o vento se agita
Agita-se o meu tormento
Quero esquecer-te, acredita
Mas cada vez há mais vento 

 

Ouvir cantado pela carminho

 

 
A luz de Lisboa, o Tejo, barcos, gaivotas, tudo isto só pode ser fado....
Cais das Colunas,
Lisboa, Janeiro de 2012
Jorge Soares

Um deste dias vou poder apaixonar-me outra vez

A guitarra

 

Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês

Correr e saltar num dia 
depois não dormir tranquilo
pensar que o amor é isto 
e descobrir que afinal é aquilo

Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor

Um destes dias vou ser capaz
de encontrar a felicidade
avançar em marcha atrás
ir de verdade em verdade 

Dizer que o amor é aquilo
que ontem estava descoberto
e ver que no fim duma paixão
espreita sempre um deserto

Já não há canções de amor 
por não haver quem acredite 
já não há canções de amor 
por não haver quem acredite 

E vós almas tão ingénuas
cujo amor não tem saída
que buscais nas tolas canções 
o açúcar que adoça a vida

Não percebeis que é o engano
que prova que há uma chance 
acertar à primeira não é humano
é a essência do romance

Já não há canções de amor
como havia antigamente 
já não há conções de amor 
vou investigar o caso 
com o máximo rigor
tirar a limpo a verdade
que há nas canções de amor 
vou saber se ainda é possível
escrever canções de amor 

 

Rui Veloso

 

Ouvir:

 


Setúbal, Janeiro de 2011

Jorge Soares

Cais das colunas

Pôr do Sol em Lisboa

 

Também já ali  estive assim, só, a tentar enganar a tristeza da solidão com a quietude do rio e a beleza do pôr do Sol, foram incontáveis as vezes que a caminho do quarto onde costumava morar, me sentei ali a ver o vai vem dos barcos e o voo das gaivotas. É sem dúvida o meu lugar preferido de Lisboa.

 

Já não recordo a última vez que lá estive ou sequer lá passei, hoje fomos lá com os miúdos, havia uma enorme multidão, muitíssimos turistas e até um grupo de música brasileira... mas há coisas que não mudam, o voo as gaivotas, a serenidade do Tejo e pôr do sol magnifico.

 

Cais das Colunas, 

Lisboa, Janeiro de 2012

Jorge Soares

Janela da Alma

Janela da alma

 

Janela da alma que
reflecte os cacos
da vida estilhaçada que temos.
O vidro partido
cortou a garganta num grito inaudível
quando te quis revelar
o que não desejaste ouvir.

Sangue escorreu do golpe
que na minha pele fizeste incidir
depois de quebrares
o frágil equilíbrio do esplendor
que foi por essa janela te descobrir.

Tanto tempo volvido
e ao observar-te agora 
neste indiferente lugar
reparo que já não somos iguais!
O nosso fulgor se esbateu
e o amor se perdeu.

Eu tenho as cicatrizes
dos golpes que 
no meu espírito habitam,
mas tu tens a derrota
da lenta destruição 
em que te encontras agora.

Permanece a certeza
por essa janela
não me voltarei a deslumbrar,
mesmo que a vida se lembre
de se deter
para nos contemplar!…

Cristina Monteiro

 

Jardins de Monserrate

Sintra, Novembro de 2011

Jorge Soares

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