As águas correm, cheias de memórias
As águas correm, cheias de memórias
Passado perdido de lutas inglórias
Que o Fado há muito abandonou
Meu legado de esperança
Reside na etérea mudança
De um momento que passou...
Destino desfigurado
Templo marginalizado
De mentiras e ilusões
Procuro salvo resguardo
Nas malhas de um tempo minado
Por tristes recordações...
Sou um rio de águas paradas
Apelo, em vão, pelo mar
Prisioneiro destas margens
Pelas eternas paragens
Que adornam meu sonhar
Corro, sem nunca chegar...
Parque nacional da Peneda Gerês
Novembro de 2010
Jorge Soares