Choro em becos sem saída
Choro em becos sem saída
Pesa-me sobre meus ombros o que a vida me reservou
Ando por becos sem saída dor dolorida um choro um sentir
Entre goles de tristezas torno-me um embriagado vagante
Reservaram-me duas alegrias suas crias depois para sempre se apagou
As amarras da vida me prendem a becos onde não vejo a luz
Ergo meus verdes olhos para o céu não vejo o seu azul
Mas eu bem sei que lá tem alguém que nunca me desamparou
E nele que deposito minha fé seu reflexo em mim sempre reluz
Algures na baixa de Setúbal, vou lá voltar.. porque não há desculpa para eu não saber como se chama o arco e o beco.
Setúbal, Abril de 2011
Jorge Soares