Soltar as amarras
Soltar as amarras
Seguir em frente
Sem olhar para trás
Sem saber o que esperar.
Viajar ao sabor do vento
Deixar-se levar como as águas do rio
Que não voltam jamais ao ponto de partida.
Há momentos em que nos sentimos soltos.
Não temos mais as raízes a nos prender.
Os frutos já estão cumprindo seus ciclos
A espalhar suas sementes
Para novos frutos desabrocharem.
Não precisamos mais ser árvore frondosa
Que dá guarida e acolhe.
Sem raízes e sem dar frutos
Podemos ser rio que corre.
Por: Isabel C. S. Vargas
Praia do Creiro, Portinho da Arrábida
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares