O meu querido inverno
A pálida luz da manhã de inverno
A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem menos esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu 'sperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
Fernando Pessoa
Ando preguiçoso, nos últimos dois meses a máquina não saiu do aconchego da sua mochila uma única vez.. e já me faltam as imagens do inverno para colocar aqui... o que vale é que há sempre os outros invernos.
As últimas folhas num castanheiro
Póvoa Dão, Viseu.
Dezembro de 2012
Jorge Soares