na curvatura de teu braço a encontrar os céus.
Brisa
Os teus olhos irônicos assaltam-me.
Ofereço-te flores
levo-te ao sol
afago-te as dores inúteis.
Encomendo-te a felicidade.
Abraço-te para definir o amor alheio a qualquer palavra inútil.
Durmo contigo numa noite escura
e o teu coração se cala
abrindo janelas ao gesto infindo.
Ensinas-me que a vida é tecido raro
que é curta a distância entre o riso e o choro.
E o meu corpo,
um traço imprevisto
na curvatura de teu braço a encontrar os céus.
Portalegre
Dezembro de 2011
Jorge Soares