Embrenhada
Eu estava sentado junto ao rio, a maré estava baixa e havia muitas aves que procuravam no lodo algo que picar, eu ia tirando fotografias, do rio, da ponte, um barco que passa. Quando dei por mim havia um menino sentado a meu lado, pensei que estaria intrigado com a máquina e as aves, mas não, ele queria falar. Contou-me da sua bicicleta pequenina, de si, dei por mim a olhar à volta a tentar descobrir onde estariam os pais, não vislumbrei ninguém. Perguntei-lhe pelos pais, ele olhou para os bancos e disse:
-Aquela é a minha mãe!
Parque das Nações, Lisboa
Agosto de 2008