Reflexos no parque das nações 2
Parque das nações, Lisboa
Outubro de 2010
Jorge Soares
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Parque das nações, Lisboa
Outubro de 2010
Jorge Soares
Reflexos no parque das nações
Lisboa
Outubro de 2010
Jorge Soares
Reflexos…
Sou o que sou,
Porque assim o quero ser,
Não sou o que querem que seja,
Porque reflexos não poderia ter,
Porque não posso ser um reflexo de outro,
Quero ser um reflexo de mim,
Ser eu mesmo, ser simplesmente assim,
Ser apenas um reflexo do bom que há em mim,
Não me podem levar a mal,
Só por ser um reflexo evidente,
Não consigo reflectir o mal,
Que muitos tem presente.
Emanuel Azevedo
Parque das nações, Lisboa
Agosto de 2010
Jorge Soares
Parque das ciências e tecnologías
Valência, Espanha
Julho de 2009
Nuvens
No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
Obrigações morais e civis?
Complexidade de deveres, de consequências?
Não, nada...
O dia triste, a pouca vontade para tudo...
Nada...
Outros viajam (também viajei), outros estão ao sol
(Também estive ao sol, ou supus que estive),
Todos têm razão, ou vida, ou ignorância simétrica,
Vaidade, alegria e sociabilidade,
E emigram para voltar, ou para não voltar,
Em navios que os transportam simplesmente.
Não sentem o que há de morte em toda a partida,
De mistério em toda a chegada,
De horrível em todo o novo...
Não sentem: por isso são deputados e financeiros,
Dançam e são empregados no comércio,
Vão a todos os teatros e conhecem gente...
Não sentem: para que haveriam de sentir?
Gado vestido dos currais dos Deuses,
Deixá-lo passar engrinaldado para o sacrifício
Sob o sol, alacre, vivo, contente de sentir-se...
Deixai-o passar, mas ai, vou com ele sem grinalda
Para o mesmo destino!
Vou com ele sem o sol que sinto, sem a vida que tenho,
Vou com ele sem desconhecer...
No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
No dia triste todos os dias...
No dia tão triste...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Reflexos das nuvens do fim da tarde na cobertura .....
Parque das Nações, Lisboa
Janeiro de 2010
Jorge Soares
En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivía un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor. Una olla de algo más vaca que carnero, salpicón las más noches, duelos y quebrantos los sábados, lantejas los viernes, algún palomino de añadidura los domingos, consumían las tres partes de su hacienda . El resto della concluían sayo de velarte, calzas de velludo para las fiestas, con sus pantuflos de lo mesmo , y los días de entresemana se honraba con su vellorí de lo más fino . Tenía en su casa una ama que pasaba de los cuarenta y una sobrina que no llegaba a los veinte, y un mozo de campo y plaza que así ensillaba el rocín como tomaba la podadera. Frisaba la edad de nuestro hidalgo con los cincuenta años. Era de complexión recia, seco de carnes, enjuto de rostro, gran madrugador y amigo de la caza. Quieren decir que tenía el sobrenombre de «Quijada», o «Quesada», que en esto hay alguna diferencia en los autores que deste caso escriben, aunque por conjeturas verisímiles se deja entender que se llamaba «Quijana». Pero esto importa poco a nuestro cuento: basta que en la narración dél no se salga un punto de la verdad.
Praça de Espanha, Madrid
Agosto de 2009
Jorge Soares
Um recanto de verde que nem o calor de Trás dos Montes consegue apagar
Margens do Rio Fervença, Bragança
Julho de 2009
Jorge Soares
Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga, in 'Diário XII'
Reflexos no rio Fervença, Bragança
Julho de 2009
Jorge Soares
Jul 25, 2009,Câmara: SONY DSLR-A350,ISO: 100,Exposição: 1/400 seg.,Abertura: 10.0,Extensão focal: 18mm
Reflexos no rio
Parque Urbano do Rio Ul, São João da Madeira
Dezembro de 2008
Furnas, Povoação, São Miguel, Açores
Agosto de 2008