Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Sortelha

Sortelha

 

 

Sortelha é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 43,27 km² de área e 579 habitantes (2001). Densidade: 13,4 hab/km². Está incluída no Programa das Aldeias Históricas.

História

Foi vila e sede de concelho entre 1288 e 1855. Era constituída pelas freguesias de Águas Belas, Urgueira, Bendada, Casteleiro, Malcata, Moita, Pena Lobo, Santo Estêvão, Sortelha e Valverdinho. Tinha, em 1801, 4.096 habitantes em 237 km². Após as reformas administrativas do início do liberalismo foram-lhe anexadas as freguesias de Lomba e Pousafoles do Bispo. Tinha, em 1849, 6.022 habitantes em 261 km².

 

É hoje uma das aldeias históricas de Portugal. Uma visita a Sortelha só nos pode fazer pensar que regressámos no tempo e parámos na história. Encontramos aqui uma das mais bonitas aldeias de Portugal, escondida e protegida nas imponentes muralhas do seu Castelo. As casas tradicionais, foram meticulosamente recuperadas e permitem ao visitante percorrer as suas ruas sinuosas e aventurar-se, qual conquistador, pelas muralhas do Castelo.

Castelo de Sortelha

A 760 metros de altitude, ergue-se o Castelo de Sortelha, mandado construir por D. Sancho I. Após ter sofrido vários tremores de terra, esta fortaleza foi restaurada nos reinados de D. Dinis, D. Fernando e D. Manuel. Sortelha ainda se conserva rodeada de fortes muralhas circulares, que se estendem pelos declives naturais. Destaca-se o recinto da cidadela no cimo de um penhasco mais elevado, com a torre de menagem quadrada ao centro. Daqui abarca-se um amplo horizonte em que se distingue a Serra da Malcata e a linha final da Serra da Estrela.

Outros pontos de interesse

Além do Castelo, são notáveis: a igreja matriz do século XIV, dedicada à Virgem das Neves, com tecto mudéjar e talha barroca; um conjunto de sepulturas medievais escavadas na rocha, a torre de menagem, o pelourinho manuelino; e os afloramentos ciclópicos, conhecidos como "Pedra do Beijo" e "Cabeça da Velha", dois penedos graníticos com formas curiosas. Mas sobressaem, acima de tudo, as imponentes muralhas que circundam a antiga vila. Vale a pena visitar as lojas de artesanato e velharias.

 

Fonte : Memória Portuguesa 

 

Jorge Soares

despida

Despido

 

Uma árvore despida
Perdida num recanto
De um paraíso perdido
Num mundo por inventar
Num mundo por colorir!

Seus braços parados
Sem força para balancear
Seus frutos há muito que
Partiram e a deixaram na
Solidão do ser, do querer.

O seu troco hirto
Mantém de pé um sonho
Perdido, há muito esquecido
Nos ramos sofridos,
Pela solidão da dor…
Uma árvore morre ..
Sempre de pé! !!!


Tulipa

Retirado de Jardins proibidos 

 

Uma velha árvore nas suas ropuagens de inverno

Sortelha, Sabugal

Dezembro de 2012

Jorge Soares

Castelo do Sabugal

Castelo do Sabugal

 

Situada num pequeno planalto da Serra da Malcata e vigiando o caudal do Coa a seus pés, a vila beirã do Sabugal acolhe-se à sombra do seu esbelto e forte castelo medieval, vulgarmente designado por Castelo das Cinco Quinas devido à invulgar forma da sua torre de menagem pentagonal.

 

Embora sem certeza histórica, a fundação cristã da vila do Sabugal poderá ter ocorrido no século XII, após a derrotados Mouros; isto apesar de vestígios pré-históricos e troços de uma estrada militar romana indiciarem diversas e mais antigas ocupações humanas.

 

Esta região foi intensamente disputada pelos reis portugueses e de Castela, tendo D. Dinis tomado posse do Sabugal e das terras de Riba-Coa no ano de 1296, confirmada depois com a assinatura do Tratado de Alcanises em 1297. Assim,este monarca procede ao seu repovoamento e concede-lhe carta de foral, ao mesmo tempo que manda erguer mais forte e esbelto castelo.

 

No reinado de D. Manuel I, a fortaleza do Sabugal recebe novas e bem dimensionadas obras de beneficiação, estando esta iniciativa gravada com os seus símbolos reais nas pedras da porta principal do castelo. Pontualmente, o castelo do Sabugal serviu a sua função militar, mas também foi convertido em presídio. Um dos seus mais ilustres prisioneiros foi o intrépido e indomável poeta e cavaleiro Brás Garcia de Mascarenhas - homem de letras e de armas do século XVII, que ficou célebre pelas suas aventuras e pelo não menos famoso poema épico Viriato Trágico.

 

Um dos mais importantes feitos de armas aconteceu em abril de 1811, quando as tropas anglo-lusas aqui aquarteladas combateram e derrotaram o exército francês que retirava sob o comando de Massena. Desguarnecido e abandonado, as muralhas da sua extensa cerca foram sendo desmanteladas e a sua pedra reutilizada nas mais diversas construções davila beirã. A praça de armas do castelo serviu, a partir de 1846, de cemitério local. Esta depredação do monumento foisustida na década de 40 do presente século, graças à ação decisiva da Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (D.G.E.M.N.). Assim, a sua majestática imponência e inegável qualidade estética puderam perdurar até à atualidade.

 

A cerca de granito que envolvia a vila do Sabugal tinha uma configuração aproximadamente oval, embora no presente se encontre muito reduzida, conservando-se como ponto mais importante desta primeira defesa a Porta da Vila, localizada nas proximidades da Torre do Relógio.

 

Na zona mais elevada foi erguido o castelo, configurado com uma planta trapezoidal. Os altos panos de muralha granítica possuem largo adarve, a que se acede por quatro escadas internas. As muralhas são encimadas por largos merlões rasgados com troneiras cruzetadas, estando ainda reforçadas por três imponentes torreões angulares e um outro localizado no centro do pano de muralha virado a sudoeste, todas elas rematadas por ameias piramidais.

 

Altiva, imponente e graciosa implanta-se a invulgar torre de menagem do Castelo do Sabugal, também esta coroada por ameias piramidais. Com efeito, esta torre apresenta uma forma pentagonal, provavelmente uma simbólica alusão a esta vila e ao seu castelo serem, em definitivo, parte integrante do território nacional. O seu interior está dividido em vários pisos, revelando surpreendentes espaços góticos abobadados e ornamentados fechos onde se inscrevem escudos comas quinas nacionais. O compartimento superior é profusamente iluminado pelas portas que dão acesso a balcões misulados e com dispositivos de mata-cães. Entre a torre de menagem e o torreão do ângulo leste implanta-se um balcão ameado, vigiando a entrada principal da praça de armas.

 

Inferiormente, na zona exterior, corre a cerca da barbacã - dispositivo defensivo que une e reforça as muralhas do castelo, igualmente rematadas por maciços merlões com aberturas de troneiras cruzetadas. Apoiam as suas muralhas dois pequenos cubelos circulares, abrindo-se próximo de um deles um singelo portal de arco em ogiva.

 

Fonte Infopédia

Sortelha - A porta

Sortelha

 

Verdade 

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

 

Carlos Drummond de Andrade

 

Sortelha, Sabugal

Dezembro de 2012

Jorge Soares

A ver o mundo

A olhar para o mundo

 

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…
Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”

 

Sotelha, Sabugal

Dezembro de 2012

Jorge Soares

Direitos de Autor
Nenhuma parte deste site pode ser reproduzida sem a prévia permissão do autor. Todas as fotografias estão protegidas pelo Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de Março.
Uma vez que a maioria das fotografias foram feitas em locais públicos mas sem autorização dos intervenientes, se por qualquer motivo não desejarem que sejam divulgadas neste blog entrem em contacto comigo e serão retiradas de imediato.

 

Mais sobre mim

imagem de perfil

Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2010
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2009
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2008
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D