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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Saudade

Quem vai abrir agora as janelas?

 

Quem vai abrir as janelas que não fechaste...? 
Quem vai colher as flores que não semeaste...? 
Quem vai guardar as cartas que nao recebeste...? 
Quem vai ler as palavras que não escreveste...? 
Quem vai sentar-se à mesa no teu lugar...? 
Quem, no teu leito desfeito, se vai deitar...? 
Quem, as tuas roupas usadas vai vestir...? 
Quem, os sons que tu ouvias, vai ouvir...? 
Quem, a porta vai abrir, para eu entrar...? 
Quem, com um terno beijo me vai saudar...? 
Quem vai ensinar-me agora...a compreender ? 
...Como posso eu viver feliz...sem te ter?

 

Poema de Maria João Silva

 

Ouvir o poema declamado no Youtube

 

 

Algures num daqueles dias de verão em que dá gosto caminhar pela praia, numa praia da galiza

Agosto de 2010

Jorge Soares

O poderio da solidão

Solidão

 

Quando é grande o poderio 
da solidão, ao seu lado 
estanca a aura exterior do brilho 
que a fica aí preservando. 
Às vezes, outra se avizinha. O sítio 
da vizinhança contamina o espaço. 
E uma como que luz que antecedesse o espírito 
remove o vácuo, 
de forma a ele se ir constituindo 
espera de verbo. Âmbito 
a iluminar-se recinto 
aonde as solidões, aproximando- 
-se a frequência aumentassem do alto poderio 
e estancassem ao bordo granítico do canto. 
 

Fernando Echevarría, in "Figuras" 

 

Fim de tarde no rio Judeo

Seixal, Outubro de 2008

Jorge Soares

.... da minha solidão

Na minha solidão 

 

Quadras da minha solidão

 

Fica longe o sol que vi, 
aquecer meu corpo outrora... 
Como é breve o sol daqui! 
E como é longa esta hora... 

Donde estou vejo partir 
quem parte certo e feliz. 
Só eu fico. E sonho ir, 
rumo ao sol do meu país... 

Por isso as asas dormentes, 
suspiram por outro céu. 
Mas ai delas! tão doentes, 
não podem voar mais eu... 

que comigo, preso a mim, 
tudo quanto sei de cor... 
Chamem-lhe nomes sem fim, 
por todos responde a dor. 

Mas dor de quê? dor de quem, 
se nada tenho a sofrer?... 
Saudade?...Amor?...Sei lá bem! 
É qualquer coisa a morrer... 

E assim, no pulso dos dias, 
sinto chegar outro Outono... 
passam as horas esguias, 
levando o meu abandono...

 

Alda Lara

 

Jorge Soares

Janeiro de 2009

Jan 11, 2009, Câmara: SONY DSLR-A350, ISO: 100, Exposição: 1/640 seg., Abertura: 8.0, Extensão focal: 200mm

Em busca da solidão ...

Praia do Carvalhal

 

Praia do Carvalhal

 

Entre Tróia e Sines estende-se o areal dourado, quilómetros e quilómetros de areia, que formam uma só praia sem fim. Desde o Carvalhal, para Norte ou para Sul, o mar e a areia fazem as delicias de quem gosta da solidão.

 

Ela ia só, caminhava ao longo da areia que a maré ao descer tinha deixado limpa e molhada, talvez em busca da solidão, ou da paz que só o enrolar das ondas nos pode dar.

 

Praia do Carvalhal, Comporta, Alcácer do Sal, Setúbal

Junho de 2008

Jorge

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