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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Caminha na vida com confiança

O desafio

 

CONFIANÇA

 

Caminha no futuro com esperança

Porque o mundo é composto de mudança.

Acaba com os velhos hábitos

Foge à rotina do dia-a-dia

Sempre com Fé num mundo melhor.

 

Sente o amor com confiança.

Deixa-te levar pela emoção

Vai onde te leva o coração

Deixa o brilho no olhar.

Aprecia a  beleza da vida.

 

Caminha na vida com confiança

Vai atrás de um sonho.

Porque o sonho comanda a vida.

A vida é o nosso fado

O fado somos nós

Quando temos a alma na voz.

 

Carlos Alberto Borges

de aqui 

 

No Jardim da Algodeia, Setúbal

Outubro de 2011

Jorge Soares

 

Divagar

Pardal

 

Pudesse abrir asas

E voar sobre quintais

Pousaria nas janelas

Como fazem os pardais

 

Soltaria em cada uma

Um suave chilrear

Obrigando quem lá mora

A abri-las de par em par

 

Em meu bico entregaria

Uma flor perfumada

Arrancando um sorriso

Até à cara mais fechada

 

E cantando partiria

Feliz no azul do céu

Sonhando ser como os pardais

Nestes meus sonhos irreais

 

Asas de pássaro não são braços

Tenho pernas, tenho pés

Os animais não são todos iguais

 

Gosto do meu fabular

De um dia poder voar

Não quebrem esta ilusão

Tu estás a divagar!...

 

Flor

Roubado, devagarinho, do A Alma da Flor

 

Um pardal num arbusto no Jardim da Algodeia

Setúbal, Agosto de 2008

Jorge Soares

Não partas Já

pôr do Sol no jardim da Algodeia, Setúbal

 

Não partas já. Fica até onde a noite se dobra
para o lado da cama e o silêncio recorta
as margens do tempo. É aí que os livros
começam devagar e as cores nos cegam
e as mãos fazem de norte na viagem. Parte apenas
quando amanhã se ferir nos espelhos do quarto
em estilhaços de luz; e um feixe de poeiras
rasgar as janelas como uma ave desabrida.
Alguém murmurará então o teu nome, vagamente,
como a gastar os dedos na derradeira página.
E então, sim, parte, para que outra história se
invente mais tarde, quando os pássaros gritarem
à primeira lua e os gatos se deitarem sobre
o muro, de olhos acesos, fingindo que perguntam.

Maria do Rosário Pedreira

Retirado do Há Vida em Marta

 

Pôr do Sol em Setúbal, visto desde o Jardim da Algodeia

Novembro de 2010

Jorge Soares

 


20 de Nov de 2010, Câmara: SONY DSLR-A350, ISO: 100, Exp.: 1/125 seg., Abertura: 10.0, Ext.: 20mm, Flash: Não

As coisas que amamos

As coisas que amamos

 

"As coisas que amamos
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra maneira se tornam absoluta
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmorecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.*
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar"

 

Carlos Drummond de Andrade

 

Fim de tarde no Jardim da Algodeia

Setúbal, Março de 2010

Jorge Soares

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