Outono 5
inverno não é ainda
mas outono
na sonata que bate
no meu peito
poeta distraido
cão sem dono
até na propria cama em que me deito
inverno nao e ainda
mas outono
na sonata que bate no meu peito
acordar e a forma de ter sonho
o presente o preterito imprefeito
mesmo eu de mim proprio me abandono
se o rigor que me devo nao respeito
acordar e a forma de ter sono
o presente
morro de pé
morro de devagar
a vida é afinal o meu lugar
e só acaba quando eu quiser
ou me deixo ficar
não pode ser
Letra: José Carlos Ary dos Santos
Música: Fernando Tordo
Quem gosta de fado pode ouvir cantado por Carlos do Carmo: