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Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

Momentos e Olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam, perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e saudade! -Jorge Soares

A primeira Papoila

Papoila

 

A falta de chuva é notória por estes lados, nos outros anos por esta altura já os campos do sopé da serra estavam tingido do vermelho das papoilas, do amarelo dos pampilhos e de todas as outras cores do inicio da Primavera..este ano os campos estão mais ou menos como estavam em fins de Setembro, amarelos, secos..sem vida.

 

No fim de semana num dos meus passeios pelo sopé da serra, encontrei esta... a única até agora.. cheira-me que esta primavera vai trazer menos colorido a este blog.

 

Setúbal

Março de 2012

Jorge Soares

Memórias de outras Primaveras

Flores silvestres .. as mais belas

 

Lá mais para o norte, na Primavera elas nascem em tudo o que é muro ou combro abandonado, são pequeninas, suaves e delicadas, brancas, ou de um rosa suave ... quase lilás no caso desta, sempre belas. Fazem parte do meu imaginário e acredito que farão parte do imaginário de qualquer um que tenha nascido e/ ou vivido no campo. Não me lembro de as ter visto pelos muros das cidades aqui a sul, será de certeza distracção minha.. muros abandonados é o que há mais por aí.

 

Esta nasceu no muro que separa a ribeira do jardim, apesar dos grafitis e da cal branca que os funcionários da câmara municipal utilizam para tentar reparar os estragos dos mesmos, elas conseguem despontar por entre as falhas do muro.... imagino que procuram o sol.

 

Jardim da Algodeia

Setúbal

Jorge Soares

A Mulher

 

Mulher - Florbela espanca

 

A mulher

 

Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem 
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!

 

Florbela Espanca

 

Setúbal

Março de 2010

 

Jorge Soares

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