À janela
O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...
Mario Quintana
Nunca tinha visto um barco a apanhar sol à janela, mas há sempre uma primeira vez para tudo.
Sibenik, Croácia
Agosto de 2015
Jorge Soares
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O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...
Mario Quintana
Nunca tinha visto um barco a apanhar sol à janela, mas há sempre uma primeira vez para tudo.
Sibenik, Croácia
Agosto de 2015
Jorge Soares
Gosto de janelas..e de reflexos, a luz do dia faz parecer que estamos a olhar para fora para o jardim, na realidade o jardim está do outro lado da rua, nas minhas costas.
Cáceres, Espanha
Julho de 2013
Jorge Soares
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
Sortelha, Sabugal
Dezembro de 2012
Jorge Soares
"A alegria não está nas coisas, está em nós."
- Johann Goethe
Santillana del Mar
Cantábria
Agosto de 2012
Jorge Soares
Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.
(Alice no País das Maravilhas)
Lewis Carroll
Acreditem ou não, esta fotografia foi tirada em frente a um quartel militar que está activo .... claramente foi num lugar onde se dão prioridades a outras coisas.... desejo de todo coração que seja assim para sempre ... e que os exemplos se sigam noutros locais onde há mais dificuldade em estabelecer este tipo de prioridades.
Cidade da Praia
Cabo Verde
Novembro de 2012
Jorge Soares
Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...
- Mario Quintana
Évora, Março de 2012
Jorge Soares
Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem.
Kahlil Gibran
Arraiolos, Março de 2012
Jorge Soares
PS:Gosta de boa música? carregue ali na barra lateral em First Class Rádio
Eu gosto de janelas, fotografei muitas no Algarve... principalmente em Cabanas, isto apesar de a hora não ser a melhor, estavam praticamente todas na Sombra ou com meia sombra, e de as ruas serem muito estreitas... a esta era difícil de resistir ....
Cabanas, Tavira, Algarve
Fevereiro de 2012
Jorge Soares
As Janelas
Aquele que olha de fora através de uma janela aberta, não vê nunca tantas coisas quanto aquele que olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais radiante do que uma janela iluminada por uma candeia. O que se pode ver à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa por detrás de uma vidraça.Neste buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida.
Para além do ondular dos telhados, avisto uma mulher madura, já com rugas, pobre, sempre debruçada sobre alguma coisa, e que nunca sai. Com seu rosto, com sua roupa, com seu gesto, com quase nada, refiz a história desta mulher, ou melhor, sua lenda e, por vezes, a conto a mim mesmo chorando.
Houvesse sido um pobre velho homem, teria refeito a sua com igual facilidade.
E me deito, feliz por ter vivido e sofrido em outros que não eu mesmo.
Vocês talvez me digam: "Tem certeza de que esta lenda é a verdadeira?" Que importa o que possa ser a realidade situada fora de mim, se ela me ajudou a viver, a sentir que sou e o que sou?
Uma Janela da minha Cidade
Setúbal, Maio de 2011
Jorge Soares
É assim que tantas vezes terminam os sonhos, expostos à janela da vida, sujeitos à curiosidade de quem passa, com explicações vagas e confusas... tantas vezes erradas....
Uma janela que virou montra, algures na Baixa de Setúbal
Maio de 2011
Jorge Soares