Era uma casinha pequenina
Era uma casa pequena
Perdida no arvoredo
Onde a noite vinha cedo
Contudo calma, serena...
Crescer lá, valeu a pena!
- Como pássaros no ninho
Havia sempre um carinho
Por vezes quase escondido
Mas de que vejo o sentido
Nesta fase do caminho.
Tinha um eirado na frente
Captando da chuva as águas
Já que este captar de mágoas
Esse é sempre com a gente...
Uma eira reluzente
Tanta vez de trigo plena!
Onde a voz do dono ordena
Aos animais a debulha
E hoje a alma se orgulha:
- Era uma casa pequena!
Castro Marim, Algarve
Março de 2012
Jorge Soares