Paciência
Aquele que tiver paciência terá o que deseja.
Benjamim Franklin
Vila Nova de Milfontes
Abril de 2014
Jorge Soares
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Aquele que tiver paciência terá o que deseja.
Benjamim Franklin
Vila Nova de Milfontes
Abril de 2014
Jorge Soares
Não tenhamos pressa,
mas não percamos tempo.
José Saramago
Os dias do Inverno junto ao rio sado
setúbal, Janeiro de 2014
Jorge Soares
Num dia de Inverno no Rio Sado
Setúbal, Fevereiro de 2014
Jorge Soares
Estava lá o rio, a cana, a bicicleta ... só faltava o pescador.
Num Sábado à tarde junto ao Sado
Setúbal
Março de 2013
Jorge Soares
Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
Clarice Lispector
Pescador no Rio Sado
Fevereiro de 2013
Jorge Soares
Pescaria
Cecilia Meireles
Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.
Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.
As mãos do mar vê e vão,
as mão do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Por isso chora, na areia
a espuma da maré cheia.
Fim de tarde junto ao Rio Sado
Setúbal, Julho de 2012
Jorge Soares
Sábado de neblina em Setúbal, pegamos nas bicicletas e vamos até à beira rio. Junto ao Sado o pescador solitário tenta roubar ao rio uma parte do seu tesouro... enquanto lá estive não picou nenhum.
Pescador à beira Sado
Setúbal, Setembro de 2009
Jorge Soares
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
Pescador à beira Sado
Setúbal, Setembro de 2009
Jorge Soares
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