Ai Portugal Portugal
Lumina, Cascais
Setembro de 2013
Jorge Soares
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Lumina, Cascais
Setembro de 2013
Jorge Soares
Sabugal
Dezembro de 2012
Jorge Soares
Eu esperei
mas o dia não se fez melhor
e o sujo não se quis limpar,
inventou mais flores em meu redor
como se eu não fosse olhar!
Enfeitou as ruas para cobrir
terra seca de não semear
deram-me água turva a beber
dizem cura e força e solução
como se eu não fosse olhar!
Eu esperei
mas o fumo não saiu da estrada
Arde o sonho em troca de nada
Dizem festa, mas é solidão
como se eu não fosse olhar!
A mentira não se fez verdade
e a justiça não se fez mulher
A revolta não se fez vontade
Braços novos sem educação
sangue velho chora de saudade!
Eu esperei
dizem luta mas não há destino
dão-me luzes mas não é caminho
dizem corre mas não é batalha
como quem não quer mudar!
Esta corda não nos sai das mãos
esta lama não nos sai do chão
esta venda não deixa alcançar.
cantam “armas” mas não é amor
mão no peito mas não é amar
fato justo mas sem lealdade
cavaleiro mas já sem moral
braços sujos que se vão esconder
braços fracos não são de lutar
braços baixos não se querem ver
como se eu não fosse olhar!
Eu esperei
pelo tempo transparente em nós
pelo fruto puro de escolher
pela força feita de alegria
mas o povo dorme na ilusão!
e a tristeza é forma de sinal
Liberdade pode ser prisão...
Meu Deus, livra-nos do mal
e acorda Portugal...
Tiago Bettencourt
Ouvir
Gosto do Alentejo
Gosto menos dos campos felizes,
Exuberantes, sempre vestidos
De verdes macios…
Não recebo deles aquela inquietação
Que os campos mais tristes
Por vezes me dão!
Gosto mais do Alentejo,
Do meu!...
De Moura onde nasci,
A Beja, Santa Victória,
Onde nasceu o meu amor por ele!
Gosto do meu Alentejo – Tragédia!
Imenso, quente e nu!
Gosto da sua terra de barro
Da cor da carne viva!
Gosto de ouvir dizer
Chaparro, tarro, seara,
Almeara, restolho,
Palavras musicais
Fortes, gostosas,
Que o alentejano diz arrastando
Como se arrasta a saudade,
E a ansiedade da sua alma
De homem solitário,
Que tem pudor do riso
E orgulho no canto,
- Esse estranho pranto
Dos sonhos que tem sem se aperceber!...
Gosto do meu Alentejo
De Inverno frio, arrepiante,
Onde só um ventinho cante!
Gosto das suas tardes de Verão,
De calma sufocante,
Onde nem pássaros cantem
E só a cigarra cante!
Gosto da terra!
Da terra que se oferece
Ali, à luz do dia!
Dessa terra fecunda,
Como um ventre macio
Que por amor de Deus
Concebe o Pão – o nosso Pão,
Em toda a imensidão
Duma nudez sem pecado!
Gosto do meu Alentejo só,
Tragicamente mudo
Sob o olhar azul do céu!
Gosto de ver bailar
O silêncio mais a escuridão
Nas noites sem Luar!
E, de dia…
O que impõe o Alentejo,
O que nele me seduz,
É ver o silêncio
Mais a solidão,
A gerar o pão
Em bebedeiras de luz!...
Maria José Travelho Rijo
Primavera de 1955
Retirado de aqui
O Sol do fim de tarde por entre as ruínas do Castelo de Monsaraz
Julho de 2011
Jorge Soares
Fim de tarde em Monsaraz, vistas desde as muralhas.
Alentejo, Julho de 2011
Jorge Soares
Dei por eles ainda antes de entrar nas muralhas, eles e o fotógrafo, não sei por onde andariam os convidados, sei sim que os fui encontrando aqui e ali pelas ruelas.... andaram por ali de certeza mais de uma hora.... não lhes gabo a paciência, por algo não houve fotógrafo oficial no meu casamento.. mas invejo o lucro do fotógrafo, centenas de cliks (€). No fim, na ingreme e perigosa escada de metal que levava ao cimo da muralha, já dava pena a expressão da pobre noiva... mas dizem que quem corre por gosto não cansa....
Eu detesto fotos de casamento, não seria capaz de fazer o trabalho ali do senhor... mas adoro apanhar estas cenas, pessoas que fazem pose para outros fotógrafos, estes a fazerem o seu trabalho.... gosto, pronto.
Fim de tarde em Monsaraz, Alentejo
Julho de 2011
Jorge Soares
Fim de tarde em Monsaraz, Alentejo
Julho de 2011
Jorge Soares
Telheiro, Monsaraz, Alentejo
Julho de 2011
Jorge Soares
Surdo, Subterrâneo Rio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
--- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
Fragas de São Simão
Figueiró dos vinhos
Junho de 2011
Jorge Soares
O exterior é marcado por grandes arcobotantes e pela torre sineira, o que a torna num dos melhores exemplos de igrejas neogóticas em Portugal.
Esta igreja teve as suas raízes históricas no ano de 1887, com a determinação da Junta da Paróquia de Reguengos de edificar um templo em terrenos dos Novos Paços do Concelho.
Dedicada a Sto António, foi encomendado o projecto ao Arquitecto António José Dias da Silva (autor da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa) resultando o edifício com características do espírito romântico da época gótico-manuelina.
Igreja de Santo António, Reguengos de Monsaraz
Fonte CM de Reguengos de Monsaraz
Julho de 2011
Jorge Soares